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Depois de uns diazitos vem publicar nada, decidi por iniciativa propria e demente voltar a carga.
Estou fartinho deste Pais de tontos, em que pagas e não bufas.... e os politicos???
Para mim era a estoria do mel e dos ursos no Campo Pequeno.
enfim.... hoje tou com a garganta seca... deixo aqui um textinho removido de um blog amigo "Zeca Diabo" ... vale a pena ler, reflectir e rir.... logo há mais.... beijos, e abaços
“Estive para ler na integra as últimas declarações do líder do PS , mas depois a máquina da roupa começou a lavar e não consegui deixar de ficar a observar o movimento de centrifugação que considero verdadeiramente fascinante. No entanto, como alguns de vós sabeis, isso não me impede nem nunca me impediu de esmiuçar acesamente a actualidade, mantendo assim o milenar hábito português de “largar” postas de pescada sobre todo e qualquer tema mesmo não dominando um corno do mesmo. Refugio-me e desculpo-me no facto de existir muito boa gente a governar a vida assim, basta ler e escutar alguns comentadores e paineleiros do burgo.
Et voilá. Ora estávamos a falar do quê mesmo? Bom, o coiso, pois. Ora, diz então aquele pneu que alguma tropa fandanga iluminada colocou a liderar o maior partido da oposição, que exige eleições. E já! E exige eleições porquê? Porque basta deste roubo descarado de impostos! E o que é o que o bom do Tozé diz que vai fazer aos impostos se for eleito? (ler agora em brasileiro; PORRA NENHUMA!) Exacto, foi isso mesmo que ele disse. Temos de tirar o chapéu a esta retorcida lógica socialista, existe obviamente imaginação e uma capacidade técnico-táctica capaz de envergonhar o Jórjús nesta refrescante abordagem ao proletariado. Em resumo e em português corrente, a máquina partidária em redor do bivalve desmascara e põe a nu de uma assentada trinta anos de propaganda; ” Não temos a mais pequena ideia de como vamos resolver os problemas do país mas agora queremos ir para lá nós!” Baril.
Este fabuloso haraquiri executado com requintes de calhordíce, poderia ser explicado de outra forma caso o bom do Tozé não fosse de facto uma anémona desprovida da capacidade de estruturar ideias ou de ter sequer um fogacho de opinião formada sobre qualquer assunto, conforme confirma o seu discurso oco, difuso, confuso e aflitivo. O bom do Tozé, que até tem ar de ser bom rapaz e levar o almoço ao pai quando está a trabalhar na mina, poderia num assomo de clarividência entender-se muito longe do arcaboiço necessário para liderar um país feito num trambolho, e assim boicotar a sua própria hipotética eleição. No entanto, estou em crer que neste caso aquilo que parece é, e o pobre Tozé não foi mesmo capaz de melhor.
Esta Epistola vem a propósito do enfático regresso do Portugal aos mercados, não àqueles onde se adquire a bom preço ceroulas e meias, e assim a titulo de sugestão de passeio domingueiro posso indicar o de Santana que fica ali perto de Torres Vedras ou então era de Olhalvo já não me recordo, manobra essa executada com especial sucesso pelo nosso keynesiano Gaspar. Nem tanto ao mar nem tanto á terra, já diria o banheiro da praia da Poça enquanto segurava pelo antebraço D. Juan Carlos Rei de Espanha e caçador de mamutes nas horas vagas, pois ainda a procissão vai no adro.
Os mercados, essa entidade abstracta e maléfica que em conjunto com o FMI e o BCE subjugaram toda a nação portuguesa ás trevas da idade média dos anos 80, insiste em borrifar-se de alto para o que dizem o pneu do PS, o Tico e Teco do Bloco de Esquerada e o Senhor Jerónimo de Sousa do PCP, considerando tentadora e assaz pertinente a emissão de divida da República Portuguesa. Foi portanto um sucesso. Atentem que o Senhor Jerónimo de Sousa é a única criatura que me merece consideração suficiente para lhe escrever o nome, independentemente de concluir que toda a retórica comunista morreu em mil nove e oito nove, mais concretamente quando se esbardalhou o muro de Berlim pondo a nu uma quantidade assinalável de Trabants entre outras geringonças que o bloco soviético se considerava competente no desenvolvimento da raça humana. O respeito que nutro pelo Senhor Jerónimo de Sousa tem raízes bastante mais profundas no domínio da sociologia, ou talvez se explique de uma forma simplória pelo simples facto de me fazer lembrar um tio que é camionista. Mas esta situação teremos oportunidade de esbulhar lá mais para a frente, hoje estou meio engripado não estou para me perder em divagações escatológicas.
Bom como ia dizendo, os mercados borrifam-se para a conversa interna, por muito que isso custe ao cyborg socrático Silva Pereira e ao inqualificável Zorrinho entre outros, e analisam dados concretos. E os dados concretos destes últimos 18 meses são favoráveis ao Governo, goste-se ou não. Não quer isto dizer que Gaspar é o individuo mais espectacular do planeta terra e que merece ser canonizado um dia mais tarde indo esticar o esqueleto junto á sodona Amália Rodrigues no Panteão Nacional, mas abre outras perspectivas para o futuro da nação. Atente-se que reafirmo que um governo que mantém o porcalhão do Miguel Relvas nunca poderá ser celebrado seja pelo que for, no entanto é conveniente não perder o discernimento de reconhecer uma boa jogada quando esta se desenha á vista de todos.O governo é fraco e os métodos têm sido em muitos casos questionáveis, mas é preferível de longe um governo fraco do que um governo de loucos. Tiro-lhe daqui portanto a minha boina Professor Doutor Mestre Magnânimo Vítor de Gaspar.
A procissão ainda vai no adro e a ferida ainda vai arder muito antes de sarar. Não obstante, e deixando de parte as sofríveis analogias médicas, é de uma desonestidade intelectual primária aventar que o governo recuou quando a operação já estava prevista desde Dezembro pelo BCE ou que tudo isto não passou de um golpe de teatro pois já estava tudo pré-combinado com os bancos. Isto faz imenso sentido pois os bancos são bem conhecidos por oferecerem dinheiro a quem não paga e normalmente aceitarem de bom grado prejuízos e negócios ruinosos.
Uma última nota final para dar conta do meu desagrado ao mundo, consciente do peso esmagador que isso possa ter, com o camarada Nicolau Santos do Expresso incapaz de seguir o exemplo de penitência do seu colega familiar-do-futuro-líder-do-PS, insistindo na tónica do recuo do governo. Não me choca a insofismável incapacidade de reconhecer qualquer mérito a um governo de direita, praga que assiste á grande maioria da comunicação social portuguesa, choca-me essencialmente que um individuo que enverga um laço papillon com aquela invejável soberba perante os comuns mortais, não carregue no código genético o fair-play de um gentleman.
Agora ide em paz que eu vou estender a roupa.”
(in www.zecadiabo.com by Mr. JAdN)
