Uma questão de opinião

Posted: quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007 by D'Oliveira in
0



Caros artistas,

Não ando nisto há 2 dias e em tempos concorri a alguns concursos fotograficos, e à excepção de um em que fui premiado e deu origem a uma exposição conjunta dos trabalhos, todos os outros não resultaram em nada.

O facto de ter pouco exito nestes concursos não me desmotivou de continuar a fotografar, mas levou-me ao longo dos anos a meditar um pouco sobre o assunto e pensar porque será que os juris têm tão diferentes opiniões sobre as obras, muitas das vezes as mesmas?

Isto passou-me, até porque nunca dei grande crédito à capacidade (pouca ou muita) que normalmente os juris têm de avaliar o que quer que seja. Alguns dos casos pessoas de formação e estéticas duvidosas....

No entanto há dias , e já nem me lembro porque, voltei a questionar-me sobre o que na verdade é arte e em que medida se consegue avaliar os trabalhos de outros mediante factores de todo subjectivos. Senão vejamos: uma obra pode medir-se em três campos de actuação:


- Do ponto de vista técnico


- Do ponto de vista estético


- Do ponto de vista da mensagem que transmitem


Ora assim sendo, à excepção das questões técnicas que são bastante palpaveis e facilmente avaliaveis todo o resto é muito subjectivo.

Isto leva-me a concluir que em qualquer analise que se faça a uma obra, neste caso fotografica, estamos a contar com a visão estética e a capacidade de encontrar uma mensagem na obra que o avaliador visualiza, e principalmente que tem capacidade de a valorizar ou desvalorizar. Isto significa que ao visualizar uma obra o avaliador vai reviver toda a sua experiencia de vida, vai mexer com o mais intimo dos seus sentimentos, vai buscar as suas memorias, vai inclusivamente colocar a sua cultura ao serviço da avaliação.

É aqui que se percebe o porque das diferentes perspectivas e diferentes abordagens às obras.

Penso que só assim só se consegue explicar e perceber algumas das aberrações que se vêem em trabalhos publicados e expostos por esse Pais fora, como por exemplo alguns altamente publicitados e aclamados como o BES photo. Da mesma forma só assim se consegue perceber o optimo trabalho criativo, estetico, tecnico, etc que se encontra também por esse Pais afora.

Só assim se consegue perceber que não há bons criticos e maus criticos, boas e más imagens.
Há obras que nos tocam mais e nos tocam menos..... e isto NUNCA deve condicionar o rumo e o trabalho na procura do caminho do fotografo....mesmo que andem há anos a "urinar" para o que fazemos....

É uma questão de opinião...


Um abraço a todos e aqui fica uma imagenzinha minha que foi premiada com uma menção honrosa num evento do Inst.Port. da Fotografia e pela Soc. Nac. de Belas Artes.

Podem criticar..... :)

Nú enquanto expressão de formas, luz e sombras

Posted: quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007 by D'Oliveira in
0







Caros artistas,

O nú enquanto forma de expressão e pintura quer com sombras quer com luz é uma temática que tem sido fonte de inspiração de muita gente. Nos ultimos tempos o que de melhor tem sido feito me Portugal nesta área está ligada ao fotografo André Brito.

Há umas semanas tive a oportunidade de trabalhar com ele numa sessão que me foi muito proveitosa. O meu obrigado desde já ao André pela oportunidade que me deu.

Aqui ficam três registos da modelo Eva que de uma forma muito simples se entregou de corpo e alma ao trabalho. 5*.
Bem haja!






Posted: quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007 by D'Oliveira in
1

Caros artistas,

Como o assunto está na ordem do dia, e apesar este meu blog não ter este proposito não posso deixar de deixar aqui a minha opinião.

Domingo vou votar Não e passo a explicar porque:

- Sou totalmente a favor da defesa da liberdade de qualquer ser, que pode escolher o que lhe apetece fazer e como lhe apetece fazer com o seu corpo o com tudo o que é seu.
Não me chateia nada que um ser humano se tatue, use piercings, pinte o cabelo de amarelo torrado, que se mutile se assim o entender, ou no limite que se mate porque estão de mal com a vida... decisão propria, liberdade total.

Mas no meu entender a liberdade de um ser vivo acaba quando toca a liberdade de outro.

Não sou médico e não percebo os aspectos técnicos ligados à saude, mas na minha opinião a partir do momento em que homem e mulher se unem podem dar origem a uma vida, seja de 1 segundo seja de 10 semanas seja de 3 meses ou 3 anos e essa vida tem o direito de existir, de crescer, de viver, salvo as situações já previstas na legislação e que no geral fazem sentido.

Porque havemos nós de encarar de forma diferente a morte de um possivel ser humano de 5dias, 10 semans ou 20 semanas ou 50 semanas .... e a morte por maus tratos, violação, etc.. de uma criança de 2,3,4,5,6.. 12, 13... anos, quer seja por questões sociais, psicologicas ou outras..... ex. a menina do Algarve que a mãe e o padrasto "fizeram desaparecer"?

Acho alguma piada que as mesmas pessoas que apontam estas maes e pais nao os apontem em caso de aborto.

Acho que deve haver não um investimento na solução mais imediata que é quer queiramos quer não "mate-se!" mas sim um total investimento na prevenção e educação para que o aborto não seja necessário. É preciso que passem 3,4,5,6,10 gerações que isso aconteça? pois que seja. mas nunca opatar por uma opção negativa de morte.

Está provado que em paises onde a liberalização existe aumentaram o numero de abortos(declarados.... o que e facil de perceber, a liberalização leva a que não se oculte, logo aumentam os numeros). ok sao sim. assitidos, com condições, em que as mulheres são bem tratadas ( o que todos concordamos é positivo) o que no meu entender não é positivo é que à custa disso se desvalorize a morte de um potencial ser.

Porque é que os adeptos do sim só se preocupam com o bem estar da mulher ?(alias perfeitamente legitimo) porque não pensam que ali dentro dessa mulher está uma vida que deve ser preservada?

É uma realidade que há abortos clandestinos, em espanha, em frança, em casa, etc correndo riscos para as mulheres.

Sou a favor de apostar no suporte a esses mulheres. apostemos na prevenção. Apostemos na educação para a saude. Apostemos na educação sexual. EU sou da opinião, que não considero cega, de que não devemos optar pelo lado negativo da solução. o da morte.

Só porque uma perna nos dói não devemos amputa-la! Temos sim de a curar.
A vontade politica de TODOS os politicos é nula para curar essa perna. A vontade politica é apenas de amputação.

Cada vez mais a classe politica em portugal me mete mais nojo!

Esta é a minha opinião.

Abraços e não liguem artistas mas às vezes parece que o mundo gira ao contrario. qualquer dia, como ja acontece em alguns paises sub-desenvolvidos da america central e do sul, se tira um resolver do bolso e se dá um tiro na cabeça do outro porque este não nos disse as horas..... e nada acontece porque a lei já não serve para nada...porque alem de ambigua não e aplicada...

Origado pela oportunidade.